Circo Laheto : projetando o picadeiro

Abstract

O presente trabalho consiste em mostrar como a arte circense evoluiu ao longo dos anos, e ainda sim persistiu adaptando seu espetáculo a um novo público e institucionalizando sua arte. O foco são as escolas de circo, buscando evidenciar como se deu o surgimento dessas escolas e como elas dialogam com seus alunos e a relação dos mesmos, quando se apresentam em espaços públicos. A escola específica a ser tratada, é o Circo Laheto, que desde seu surgimento buscou institucionalizar sua arte, tendo como foco, o caráter social do circo, uma arte considerada elitista por muitos anos, marginalizada em outros, dialogando diretamente com a periferia e suas necessidades. Tratando então sobre a ocupação dos espaços públicos, a perpetuação da arte e suas expressões, o valor do trabalho social e evidenciando que o mesmo traz mudanças na finalidade do espetáculo, a arquitetura vem, alinhavando todos esses questionamentos mostrando como, as duas formas de arte estão extremamente aliadas. Tanto o circo quanto a arquitetura, buscam brincar e estimular a imaginação dos usuários/expectadores, ambas artes sinestésicas, que tocam o íntimo de quem as experiencia, dando assim, asas ao espetáculo que é, a capacidade de transmitir o conhecimento num ambiente propício para tal. A arquitetura mostra seu papel, quando busca transformar espaços, ressignificar memórias, alterar rotas. E é justamente esse o papel da escola de circo, metamorfosear as realidades, dar novos significados e pautar novos caminhos. Aliado a tudo isso, ainda refletir sobre uma arte milenar, que mesmo sem subsídios, se torna cada dia mais essencial.