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???metadata.dc.type???: Trabalho de Conclusão de Curso - Graduação
Title: Escola Indígena Kariri Xocó de Paulo Afonso
???metadata.dc.creator???: Silva, Thays Maria Alves
???metadata.dc.contributor.advisor1???: Pereira, Maíra Teixeira
???metadata.dc.description.resumo???: A compreensão histórica da humanidade desde os seus primórdios é capaz de nos conscientizar sobre os episódios de invasões e desterritorializações feitas ilegalmente, que são muito comuns e conhecidos por todo o mundo. É comum ouvir falar de povos que estavam aqui antes de nós, que descobriram terras, plantas e meios de sobrevivência antes desconhecidos, viviam livres em suas terras, até a chegada dos ‘’homens brancos’’, termo dado por eles aos invasores, que por muito tempo os prenderam e tiraram suas terras, obrigando-os a sobreviver pelo trabalho escravo e castigando aos que se opunham, desde a invasão dos portugueses ao Brasil em 1500, se iniciou uma exploração contra os povos nativos, o que acabou com muitas culturas e resultou em desconhecimento e preconceitos por suas histórias e tradições, entre estes povos nativos e prejudicados estão os indígenas. Com o passar dos anos, alguns acontecimentos mudaram, mas não o suficiente, outras continuam exatamente iguais, e uma delas é a desterritorialização de indígenas por aqueles que possuem mais poder aquisitivo e possuem apoio político, por isso continuam sendo privilegiados por um governo que em sua maioria, não se importa com a luta de nações. No interior da Bahia, em um pequeno município chamado Paulo Afonso se encontra uma etnia indígena, conhecida como Kariri- Xocó da Bahia, a etnia possui várias aldeias, que sempre estiveram pelas redondezas do Nordeste, pois tem como principal condicionante para a escolha de territórios as águas de uma das maiores bacias hidrográficas do mundo, hoje mais conhecido como Rio São Francisco. Paulo Afonso está localizada em meio as águas do São Francisco, e é dito por seus moradores que a maior beleza e benção da cidade seja o rio, esse fato tornou a região um lugar muito importante para os Kariri- Xocó, pois para eles as águas do rio e tudo o que a natureza proporciona ao mundo é sagrado, mas toda essa importância do rio trouxe para a região ambições afim de levar progresso e construir riquezas materiais e isso resultou na exploração extrema e em grandes construções no Rio São Francisco, podendo ser citado como exemplos de tais o complexo hidrelétrico de Paulo Afonso, suas barragens, etc. Toda essa exploração feita, teve como consequência uma sobrecarga no Rio São Francisco, ainda que para muitos o rio possua valor sentimental e uma importância que vai além de bens materiais, como para os povos indígenas, pra quais o rio é ligado a sentimentos, e através de tais sentimentos a aldeia Kariri- Xocó foi guiada por seus ancestrais, seguindo seus ensinamentos e crenças, até a terra em Paulo Afonso localizada ás margens do São Francisco. A chegada da aldeia nas regiões de Paulo Afonso foi em 1980, mas apenas no início de 2015 se fixaram na área denominada DNER as margens do rio, onde viveram pacificamente até o ano seguinte, em 2016, até que a construtora UZI entrou com uma liminar que solicitava a retirada dos indígenas das terras, onde alegavam direito sobre as mesmas, ainda que não fosse comprovada a veracidade. Voltamos novamente a questão da desterritorialização e ao favorecimento dos ricos’, com isso, independente das provas de que o território pertencia aos indígenas e das leis que existem a favor da aldeia,houve a expulsão de violentamente e as famílias foram realocadas pela prefeitura em uma escola desativada. Essa é uma luta permanece em julgamento até o momento atual, e não possui previsão de término, alguns indígenas ainda vivem na escola desde então, outros foram para a cidade na tentativa de conseguir condições melhores de vida, já algumas famílias começaram a construir em terrenos próximos a escola tendo a esperança de que a prefeitura conceda a eles essas terras para que possam viver suas vidas com dignidade, terras estas que são suas por direito legal. O presente trabalho buscar problematizar essa ação que foi movida contra os Kariri- Xocó e principalmente a atitude dos governantes diante da situação, e visto que a aldeia não possui escola e ironicamente foram abrigadas em uma, a proposta é proporcionar uma escola onde crianças indígenas e não indígenas possam frequentar para que ambos tenham a chance de aprender sobre os dois modos de visão de mundo, entender as suas diferenças e diminuir tanta ignorância, preconceito e injustiças ainda presente mesmo com um mundo mais evoluindo, senão agora ao menos no futuro. E ainda propor a reconstrução da aldeia Kariri Xocó da Bahia em suas terras iniciais, para que possam ter seus lares, preservar e repassar sua cultura, tradições e costumes e principalmente continuar em contato com a tão sagrada natureza que os mantém vivos e com esperança.
Abstract: A compreensão histórica da humanidade desde os seus primórdios é capaz de nos conscientizar sobre os episódios de invasões e desterritorializações feitas ilegalmente, que são muito comuns e conhecidos por todo o mundo. É comum ouvir falar de povos que estavam aqui antes de nós, que descobriram terras, plantas e meios de sobrevivência antes desconhecidos, viviam livres em suas terras, até a chegada dos ‘’homens brancos’’, termo dado por eles aos invasores, que por muito tempo os prenderam e tiraram suas terras, obrigando-os a sobreviver pelo trabalho escravo e castigando aos que se opunham, desde a invasão dos portugueses ao Brasil em 1500, se iniciou uma exploração contra os povos nativos, o que acabou com muitas culturas e resultou em desconhecimento e preconceitos por suas histórias e tradições, entre estes povos nativos e prejudicados estão os indígenas. Com o passar dos anos, alguns acontecimentos mudaram, mas não o suficiente, outras continuam exatamente iguais, e uma delas é a desterritorialização de indígenas por aqueles que possuem mais poder aquisitivo e possuem apoio político, por isso continuam sendo privilegiados por um governo que em sua maioria, não se importa com a luta de nações. No interior da Bahia, em um pequeno município chamado Paulo Afonso se encontra uma etnia indígena, conhecida como Kariri- Xocó da Bahia, a etnia possui várias aldeias, que sempre estiveram pelas redondezas do Nordeste, pois tem como principal condicionante para a escolha de territórios as águas de uma das maiores bacias hidrográficas do mundo, hoje mais conhecido como Rio São Francisco. Paulo Afonso está localizada em meio as águas do São Francisco, e é dito por seus moradores que a maior beleza e benção da cidade seja o rio, esse fato tornou a região um lugar muito importante para os Kariri- Xocó, pois para eles as águas do rio e tudo o que a natureza proporciona ao mundo é sagrado, mas toda essa importância do rio trouxe para a região ambições afim de levar progresso e construir riquezas materiais e isso resultou na exploração extrema e em grandes construções no Rio São Francisco, podendo ser citado como exemplos de tais o complexo hidrelétrico de Paulo Afonso, suas barragens, etc. Toda essa exploração feita, teve como consequência uma sobrecarga no Rio São Francisco, ainda que para muitos o rio possua valor sentimental e uma importância que vai além de bens materiais, como para os povos indígenas, pra quais o rio é ligado a sentimentos, e através de tais sentimentos a aldeia Kariri- Xocó foi guiada por seus ancestrais, seguindo seus ensinamentos e crenças, até a terra em Paulo Afonso localizada ás margens do São Francisco. A chegada da aldeia nas regiões de Paulo Afonso foi em 1980, mas apenas no início de 2015 se fixaram na área denominada DNER as margens do rio, onde viveram pacificamente até o ano seguinte, em 2016, até que a construtora UZI entrou com uma liminar que solicitava a retirada dos indígenas das terras, onde alegavam direito sobre as mesmas, ainda que não fosse comprovada a veracidade. Voltamos novamente a questão da desterritorialização e ao favorecimento dos ricos’, com isso, independente das provas de que o território pertencia aos indígenas e das leis que existem a favor da aldeia,houve a expulsão de violentamente e as famílias foram realocadas pela prefeitura em uma escola desativada. Essa é uma luta permanece em julgamento até o momento atual, e não possui previsão de término, alguns indígenas ainda vivem na escola desde então, outros foram para a cidade na tentativa de conseguir condições melhores de vida, já algumas famílias começaram a construir em terrenos próximos a escola tendo a esperança de que a prefeitura conceda a eles essas terras para que possam viver suas vidas com dignidade, terras estas que são suas por direito legal. O presente trabalho buscar problematizar essa ação que foi movida contra os Kariri- Xocó e principalmente a atitude dos governantes diante da situação, e visto que a aldeia não possui escola e ironicamente foram abrigadas em uma, a proposta é proporcionar uma escola onde crianças indígenas e não indígenas possam frequentar para que ambos tenham a chance de aprender sobre os dois modos de visão de mundo, entender as suas diferenças e diminuir tanta ignorância, preconceito e injustiças ainda presente mesmo com um mundo mais evoluindo, senão agora ao menos no futuro. E ainda propor a reconstrução da aldeia Kariri Xocó da Bahia em suas terras iniciais, para que possam ter seus lares, preservar e repassar sua cultura, tradições e costumes e principalmente continuar em contato com a tão sagrada natureza que os mantém vivos e com esperança.
Keywords: Arquitetura escolar
Kariri- Xocó - Etinia indígena
Escola indígena - Projeto arquitetônico
???metadata.dc.subject.cnpq???: CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ARQUITETURA E URBANISMO
Language: por
???metadata.dc.publisher.country???: Brasil
Publisher: Universidade Estadual de Goiás
???metadata.dc.publisher.initials???: UEG
???metadata.dc.publisher.department???: Campus Central - Sede Anapolis - CET
???metadata.dc.publisher.program???: Arquitetura e Urbanismo
Citation: SILVA, Thays Maria Alves. Escola Indígena Kariri Xocó de Paulo Afonso. 2022. 50 f. Trabalho de Conclusão de Curso - Graduação (Bacharel em Arquitetura e Urbanismo) - Câmpus Central - Sede: Anápolis - CET - Ciências Exatas e Tecnológicas Henrique Santillo, Universidade Estadual de Goiás, Anápolis, GO, 2022.
???metadata.dc.rights???: Acesso Aberto
URI: https://repositorio.ueg.br/jspui/handle/riueg/1174
Issue Date: 18-Mar-2022
Appears in Collections:Arquitetura e Urbanismo / CET - Monografia

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