Circuito cultural : religar

Abstract

Ao longo do ano nos deparamos com diversos eventos e atividades de cunho cultural em todos os âmbitos, onde, principalmente na fase infantil, esses recursos são alimentados, porém, com o passar do tempo normalizamos o afastamento das pessoas para com essas atividades, chegando na fase adulta sem muito contato ou interesse pelas manifestações culturais. “Antes de uma criança começar a falar, ela canta. Antes de escrever, ela desenha. No momento que consegue ficar de pé, ela dança. Arte é fundamental para a expressão humana.” Uma reflexão importante levantada pela atriz, cantora e diretora americana, Phylicia Rashad. Onde relacionamos com a fase mais espontânea para a expressão da cultura e arte de modo geral, que acontece de forma natural, orgânica e quase imperceptível, que é a infância. Dessa forma, nota-se que o afastamento das atividades culturais e/ou artísticas se dá de forma homeopática durante o desenvolvimento da criança que não necessariamente deixa de gostar de arte, música, dança, teatro ou cultura, ela simplesmente não é mais motivada a consumir essas atividades ao longo dos anos, seja em casa, na escola, nas redes sociais ou pelo próprio poder público. É inegável o descaso para com a cultura na atual realidade brasileira, ultrapassar essa barreira construída ao longo dos anos é uma atividade exaustiva, uma vez que não se tem o incentivo necessário para a propagação da mesma. Nesse sentido, é significativa a participação e mobilização dos pais ou responsáveis, bem como de iniciativas públicas para estreitar as relações entre criança e cultura, tal qual dos próprios responsáveis para consumir essas atividades artísticas e disseminar os saberes, dizeres e fazeres que construíram a sociedade na qual se está inserido, a fim de estreitar as relações e contato com a arte e cultura. Para além da aproximação das relações interpessoais, as atividades culturais podem auxiliar no desenvolvimento humano social, bem como resgatar a criança dentro de cada um, preservando a memória cultural daquele lugar, além de criar novas memórias afetivas.